domingo, 20 de maio de 2012

Como somos incoerentes...

Ah... o homo sapiens sapiens sapiens sapiens (...), com toda sua sapiência esqueceu-se da lição socrática, da beleza da ignorância. Dogmatiza, sempre o fez, sempre o fará, e redogmatiza, reredogmatiza e assim por diante... É burro porque nega ser ignorante. Já disse Dalí:

"Todos sabem que a inteligência nos faz desembocar apenas nas névoas do ceticismo, que ela tem por efeito principal reduzir-nos a coeficientes de uma incerteza gastronômica e super-gelatinosa, proustiana e malsã."

Terrível!! Um horror!! Como pode o homo sapiens sapiens sapiens sapiens sapiens sapiens (...) esperar tão pouco de si?! Em sua enorme prepotência, ele se reduz a nada, separa-se do Universo e de si mesmo, se torna Deus e nada ao mesmo tempo, pois não crê em Deus. Não crê, sabe. Mas não sabe! O que é então? Um coeficiente de uma incerteza gastronômica e super-gelatinosa, proustiana e malsã? Eu não teria palavras para melhor descrevê-lo*. Sua incerteza gelatinosa é tamanha que seu maior desejo é ser humano sem ser homem. A ideia de ser animal lhe é repugnante e o ideal a ser alcançado é o daquilo que é deixado de lado em suas considerações, a terrível metafísica. É, portanto, uma quimera muito mal construída com um mecanismo de auto-destruição embutido e ativado. 

Uma pena!!! Alguém, um dia, viu potencial nele... Sabe-se lá como. 

Bom... Que seja.


*Horácio o colocou como "deficiente", talvez seja isso!

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