sábado, 27 de novembro de 2010

Não é engraçado que pra manter a paz, a gente tem que agir com violência?




Macabra ironia.

domingo, 14 de novembro de 2010

Caetano

Caetanar, caecantar, caetantofaz. O quereres estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual!

Caetano contra o vento, sem lenço, sem documento. Caetano tranquilo e infalível como Bruce Lee, caetano como um índio preservado em pleno corpo físico, caetano como Caetano caetana.

Caetano.

Que caecanta como como notas, como como letras. Como crio, gênio de gelo. De fogo. De Terra, quem jamais esqueceria?

Caetantofaz como tanto fez.

Caetano caencanta, láencanta, acoláencanta.

Caetano Brasil, caetana Europa, caetano mundo.

Cae, Caetano, Caetantofez, e continua fazendo.


"E onde pisas o chão, minha alma salta



E ganha liberdade na amplidão"




Sim, eu sei que o blog acabou segundo o texto abaixo. Mas isso não é pra você, leitor, que possivelmente não está informado de tal fato, é para mim. Tenho que botar esses textos em algum lugar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fim

Por hoje é só, pessoal... acabou o blog. Claro, teve seu fim inevitável, um fim que eu tinha em mente desde que o criei. Fico feliz  por ter atingido o ápice de 2000 visualisações, mas acabou. Porque acabou? Porque não faz sentido prolongar a existencia de um canal de comunicação se eu não estou me comunicando com ninguem. Porque então estou fazendo este texto avisando seu fim? Acho que pra mim mesmo... preciso de uma explicação. É... fica por isso mesmo... inacabado mesmo. Fiquei com muita coisa pendente, mas e daí? Acho que eu sei o que eu tenho a dizer. De repente eu volto a escrever aqui, nada é definitivo... ta aberto pra quem quiser ler... se você chegou agora e está lendo isto, não se acanhe, divirta-se no interior desta página que, por um tempo, teve certo sentido.

Enquanto isso, fiquem com Horácio Dib, que possui um blog que eu considero simplesmente sensacional: www.algumhoracio.blogspot.com

Breno Crispino (breno.c.lima@uol.com.br)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Vida


Antes do texto, que está bem grandinho leia este texto por favor... ou veja o vídeo... ou ambos... tanto faz.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=3OmQDzIi3v0&feature=related


"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, ou gentios... negros... brancos.





Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.



O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.




A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.




Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!




Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.




É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!"

Charles Chaplin - O Grande Ditador


São duas da manhã e hoje foi, particularmente, um dia extremamente estressante. Deviam ser umas 3 ou 4 horas, não tenho certeza, a noção de tempo se perdeu durante o dia... quando fiquei sabendo que meu amigo estava internado no hospital com hemorragia cerebral. Gelei. Ao pesquisar mais sobre o que ele tinha – hematoma subdural e hemorragia aracnoideia (sim, eu decorei) – fiquei mais preocupado. Achei mais de uma página na internet, inclusive, uma pesquisa, dizendo que as chances de sobrevivência em um caso assim eram mínimas. 20% ao todo, sendo apenas 7% com sequelas pequenas ou sem sequelas. O meu amigo tinha 80% de chance de morrer e eu... eu... o que eu podia fazer? Porra, eu queria fazer alguma coisa, queria chegar lá e... e o que? Não havia nada para se fazer, pelo menos não de minha parte... me senti impotente... me senti horrível. Pensei na única coisa que poderia fazer... pensar positivamente... eu sei, também não acredito nisso... mas é nesses momentos que a gente vê porque a religião conforta tanto, não só temos um Deus super-foda para nos apoiarmos, também podemos contar que, se der tudo errado, ele vai para um lugar melhor... reparou como ninguém da sua família foi para o inferno? Nem seus amigos? Todos foram pro céu... e eu digo isso sem nem te conhecer, não porque eu sou onipotente e onipresente, não... eu sei disso porque é isso que vocês querem... não é? Que o falecido esteja num lugar melhor? Não é melhor pensar assim? Pois bem, pra mim não é tão simples... Pensar na morte é doloroso... muito doloroso. E sei que é inevitável, mas... pelo amor de deus, o garoto tinha 15 anos de idade! Ninguém devia morrer com 15 anos de idade! Avisei a alguns amigos dele... que foram visitar a mãe e a família no hospital – eu moro em um bairro distante, então não pude ir... além disso eu e meu pai (médico) ficamos dando assistência de minha casa, ligamos para alguns neurologistas e conseguimos algumas informações...

O meu amigo está bem, graças a Deus... Deus? O que Deus fez? Deus passou 6 anos na faculdade de medicina e estudou como um cão para poder ajudar pessoas? Deus impediu a hemorragia no cérebro do garoto? Deus? Não foi graças a Deus... graças aos médicos, isso sim. Graças a família que estava lá, graças a todas as pessoas que se preocuparam com ele e tentaram ajudar, mesmo só pensando nele... mas isso não é Deus? Não foi isso que eu conclui anteriormente, isto é, Deus é amor? Se formos por esse ângulo... Veremos que não importa... o que importa é que ele está bem... e vivo.

Quando botei o texto do Chaplin no início do post, não foi à toa. Foi durante o filme “O Grande Ditador” que eu recebi esta notícia... e agora eu terminei de vê-lo.

Morte.

Vida.

Vemos na religião, desculpe, mas preciso voltar a isso por um momento... um culto absurdo à morte. Não se desesperem, vou explicar. Vemos nas religiões mais primordiais, inclusive num protótipo do antigo testamento um (ou mais) Deus que causava e gostava da morte. Já nas religiões mais recentes, temos um Deus que te leva para o paraíso... mas em todas as religiões se é tratado a morte como tópico fundamental. E em todas elas, vemos um padrão: A Morte continua. Ora, meu deus, e uso deus com d minúsculo, por ser uma expressão, veja bem... se a morte é a continuação da vida, então não há morte... Se não há morte, porra, como fazem um culto a ela? Meus queridos, quando dizemos que na próxima vida, e, veja, isso é outro padrão nas religiões, você vai pagar pelos erros cometidos nesta... estamos vivendo pensando na próxima vida, isto é, no final desta, isto é, a morte. E meu deus, como são variadas as próximas vidas... de reencarnação da alma até céu com não sei quantas virgens... como podemos esperar realmente alguma coisa? Já pararam pra pensar que talvez, só talvez, não exista outra vida? Só temos essa? “Então você perde a razão de se viver” disse uma amiga minha numa discussão. Não, porra, eu não vivo pra morrer. Eu vivo pra viver... se morrer é uma fatalidade, eu a aceito. A morte como o fim deixa a vida mais bonita, mais pura, mais única. E é justamente essa singularidade da vida que deve ser respeitada. Essa singularidade do ser vivo. Nunca houve e nunca haverá dois seres iguais, por isso, devemos respeitar todos. TODOS. “Ah, se eu não acreditasse num Deus que pune, eu roubaria bancos, mataria” ela continuou. Ora, se você concorda com ela, então meu caro, é uma pessoa horrível. Respeitar a singularidade da vida não implica apenas a sua. Eu possuo vida, você também, o pássaro também... Ouça, matar para viver é natural da vida. Quando matamos por prazer ou ganância é outra história. Roubar bancos... porque diabos eu faria isso? Acabar com os bancos? Isso eu faria! Veja bem... negar a morte...

Negar a morte é...

É...

Negar a vida...

A morte é justamente o que faz a vida tão bela... A beleza da incerteza... A beleza de acordar toda manhã e olhar pela janela aquilo que não estava lá ano passado e que não estará no próximo ano. Se a morte é o oposto de vida e a morte é nada, a vida é tudo...

Vida

Tudo

Não temos direito de tirá-la, temos sim o DEVER de mantê-la. Temos a OBRIGAÇÃO de ajudar, de saciar a sede, de matar a fome, de oferecer uma cama para descansar, de oferecer abrigo, agasalho, ar limpo... temos a OBRIGAÇÃO de manter verdejantes os pastos e azuis os lagos, de deixar pássaros cantarem e ursos rugirem. Temos... não o fazemos. É uma vergonha ser parte de um sistema predador, que vende a vida, eu disse VENDE a vida como quem vende meias. Seguros de empresas em cima de funcionários mortos, baixos salários para uma carga horária ridícula de tão grande, uma corrupção tão escancarada que o trabalhador honesto ou não cresce ou é tido como vilão. Honestidade. Honestidade não combina com isso aqui, não, onde a VIDA é produto e o AMOR propaganda. Aqui só presta merda e merda de baixa qualidade, que é mais barato. A merda que se vende... a merda que se compra... a merda que se produz e se consome... é tudo a mesma merda. Transformamos vida em merda e é isso que dá lucro.

Lucro...

Pra quem já tem tudo...

Menos um coração.

Lucro é o combustível daqueles que não conseguem viver. Porque apesar de tudo, apesar da vida de MERDA que levamos, apesar de sermos tratados feitos MERDA, ainda somos humanos. Somos humanos e enxergamos a vida, enxergamos a felicidade e o amor. Eles são máquinas... que precisam de lucro, fortuna... essa é a chave pra felicidade, eles nos dizem... mas não é bem assim. Felicidade não se compra, se tem. E é impossível ser feliz quando se mata.

Matar é matar a si mesmo.

Matar é abrir mão de viver.

Matar é lucro.

Chaplin me mostrou quando ele faz o papel tanto do judeu barbeiro quanto do ditador que as aparências podem ser iguais... mas os corações não são. Não existe face do mal. Não existe face do bem. São pessoas...

Pessoas fazem escolhas.

Não há mal ou bem.

Há apenas escolhas.

Como é terrível que as pessoas ignorem de tal forma o grande genocídio que está sendo cometido hoje. Vi a morte de perto, não minha, mas do meu amigo e senti a dor que ela traz consigo. Senti o quente sal das lágrimas que ela me entregou. Senti as náuseas mórbidas e moribundas. Vi que outros amigos, esses que nem conhecem o primeiro, estavam comentando comigo sobre o ENEM e rindo... como podia eu rir? Meu amigo estava morrendo... e pior! Como eles podiam rir?! Não sabiam que uma vida ia ser perdida? Não. Não sabiam. E quantas mortes ocorrem todo dias, toda hora, todo minuto?? Quantas pessoas passam por esta terrível experiência? Quantas pessoas são perdidas para sempre? Quantas pessoas morrem por descaso? Por falta do básico? Por fome, sede, exaustão, falta de saneamento... Quantos pais ficam como ficou a mãe deste meu amigo? Quantos?

Por isso, eu entendo a religião... entendo seu apelo... entendo que pensar que vamos e nossos entes queridos vão para um lugar melhor é mais fácil... mas eu simplesmente não consigo, lamento... Eu prefiro fazer diferente.

Prefiro pensar na vida e não na morte.

Prefiro pensar os que ainda podem ser ajudados...

Ajudar...

Pessoas...

Seres Vivos...

Tudo...

 
 
São três da manhã.
 
 

"Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!"


Chaplin foi exilado dos Estados Unidos sob a acusação de ser comunista durante a era do famoso macarthismo... é dito que Chaplin disse "Não sou um comunista, sou um ser humano".

Medo...
Da vida....

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Uma Contribuição De Alguém Que Não Tinha Nada Pra Fazer E Se Revoltou Com A Sociedade 2 - Taiã Nismaschin

 Outro texto do Taiã para o blog. Espero que gostem - e comentem!

Aproveitando o clima de eleições ou pós-eleições uma coisa vem ao meu pensamento várias e várias vezes. Após certas reflexões resolvi colocar o resultado final desses pensamentos. Mas, antes de falar sobre o que é, eu queria fazer minha participação nesse blog de forma diferente. Não sei se o conceito do blog seria esse, mas não o vejo muito aqui então direi logo. Eu, ao escrever, coloco o que eu penso, e muitas vezes posso colocar algo errado ou uma visão equivocada das coisas então gostaria que você, caro leitor, contribuísse para nos comentários participarem e falarem sobre o que acham, o que pensam.
 

Bem, voltando ao assunto, eu não tenho uma idéia muito certa sobre o que estava acontecendo a minha volta, mas reparei que algumas pessoas no primeiro turno, pra presidente, votaram na marina por achar que seria a melhor opção, mas ao chegar no segundo turno resolveram votar em branco para não ter que escolher um presidente. Alegaram que não tinham gostado de nenhum dos dois e então resolveram anular seu voto.

Não estou querendo infringir a opinião de ninguém, mas a minha visão e que mesmo não havendo muita opção agente teria que refletir e ir na possível “melhor” opção, principalmente no caso do presidente pois estarmos escolhendo o cara que representará nosso país e por nenhuma das opções te confortar você falar “a não gostei não irei votar em ninguém.” Pela minha visão, ao fazer isso, você estará deixando O SEU FUTURO nas mãos dos outros e que muitas vezes mostram que eles só estão lá pra fazer zoeira. Ótimo exemplo é o macaco Tião, entrou nas eleições de palhaçada e ganhou um número considerável de votos, chegando a entrar no Guinness Book.
 

Bem essa foi a minha idéia de votar em branco ou nulo (desculpe a ignorância, mas não lembro qual a diferença entre eles agora). Agradeceria muito se você leitor colocasse sua idéia sobre as pessoas que votam nulo por não querer votar em ninguém ou simplesmente não se interessarem