quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pensar "porque diabos alguém me leria?" é o suficiente para me fazer parar de escrever... Ao que parece não é preciso muito para me desestimular... Enfim... Medíocridade... Taí uma coisa que me persegue. Isso e a impotência, a boa e velha. Escrita medíocre e broxa, é a minha... Não me estenderei. É isso.

3 comentários:

  1. não! Acho que cheguei na hora certa. Nao pare, tudo que você escreve é você. Afinal, nossas escritas precisam de leitores para ganharem vida?

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  2. Desbroche-se! Desmediocrise-se! escrever não limita-se aos olhos que vão ler, às bocas que vão balbuciar, à mente que vai relacionar e aperfeiçoar e modificar e recriar sua "criação", o escrever não pode ter como fim premeditado a leitura e a sucção de todas ideologias e sentimentos impostos pelo escritor no escrito. Primeiro porque sempre há riscos na comunicação, ruídos, ecos, a vida da língua falada que empobrece a frieza da escrita, segundo porque escrever para alguém que não seja você é castrar-se. Castre essa castração, senhorito, e disseque-se novamente, e disseque-nos novamente, e deixe seus dedos gritarem no teclado, na caneta, no lápis, nos garranchos, na curva do 'l', do silêncio do "x", no grito do "a". É de mediocridade que se banha? Dê voz a ela! Porque todo sentimento, objeto, ser, merece a voz, por mais rouca e torpe que ela seja. Não, não vou dar uma de auto-ajuda, porque sou um ser depressivo e não acredito que eu esteja auto-ajudando, toda auto-ajuda tem um "q" de falsidade e de vazio, isso aqui, isso aqui que digo, mesmo que o que tenha escrito foi uma caidela e um desabafo não totalmente verdadeiro, o que escrevo aqui é o fio da mais grossa verdade.

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  3. aprendi isso que escrevi contigo e comigo mesmo uns dois meses atrás e, a partir daquele momento, parei de escrever para os outros, parei de escrever para ser percebido, mas pra me perceber, pra me satisfazer e ter a certeza que, mesmo não-lido, tenho a capacidade de escrever e me ler quando quiser! (egocentrico? não sei. mas é uma maneira de escapar do silêncio, da frieza dos demais, das minhas próprias garras, do meu veneno, você sabe, mas não estamos aqui para falar do horacio louco)

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