quarta-feira, 9 de novembro de 2011

                                             NO RESTAURANTE

Gerson: Eu nã... eu não entendo por que as pessoas amam tanto esse mártires, eles não são heróis, são apenas burros!

Vanessa, surpresa e com olhar de censura: O que você está dizendo?? (repare no segundo ponto de interrogação, ele demonstra a ênfase na pergunta, que ao mesmo tempo é uma indagação e uma indignada alfinetada na insolência do companheiro)

Gerson: Ora, claro, não, você... Pelo amor de deus, Vanessa... Você faz parte dessa... Vanessa, você não... Olha, eu só não acho que morrer por alguém faz de mim um santo.

Vanessa: Mas é pelo bem comum!! (vê? a indignação no duplo ponto novamente) Está dizendo que Jesus foi um idiota!!

Gerson: Eu não ia partir pra esse lado da conversa, mas... mas se você quer... Sim, Jesus foi um idiota, quer dizer, olha pra ele! Há quanto tempo ele não faz aquela barba? Não tinha... não tinha pedras ou o que fosse naquela época? Ora, é horrí... e olha só, Vanessa, além de burro ainda é anti-higiênico.

Vanessa: O que isso tem a ver?!?! (agora temos a incredulidade máxima da personagem, está na hora de uma piada ruim)

Gerson: Você sabe o quanto eu odeio barba.

Vanessa arregala os olhos e respira fundo.

Gerson, gesticulando: Mas me diga, então... se ele... se ele era tão importante para... para a humanidade como você diz, ele não teria servido melhor ao mundo vivo?

Vanessa se levanta

Gerson: Ein, Vanessa? Não seria? Vanessa..

Vanessa sai andando. Gerson a segue com os olhos e a vê abrindo a porta do restaurante.

Gerson, esticando a mão em direção de sua companheira: Vanessa!

 Vanessa já está do lado de fora, esperando um táxi. Gerson corre atrás dela.

Vanessa, furiosa: O que você quer?! (agora este ponto de exclamação foi posto com a intenção de demonstrar a fúria da personagem... o que é uma redundância, uma vez que já explicitei o sentimento anteriormente)

Gerson: Eu... eu esqueci a carteira em casa... você não...

Vanessa entra no táxi e vai embora.

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Gerson olha o táxi sumindo na rua, percebe o gerente do restaurante vigiando-o e corre para a estação de metrô mais próxima.



Qual o sentido disso? Absolutamente nenhum, caro leitor. Fique em paz. Axé!

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