meu avô dizia que olhar para cima, para o céu estrelado, dava tonteira, tão grande era o universo. imagino que estava certo. quando vi o clássico de kubrick, pude sentir a solidão do infinito em meu peito. e o tédio do tudo saber. o terrível e desesperador sentimento do nada que é cair no abismo invertido que é o espaço. fausto... eu comecei a ler a obra e nunca terminei... creio, pelo que sei dela sem ler, que ela deva ilustrar demais o que significa tudo saber... claro que meu avô dizia o oposto do que exemplifico com goethe... o universo é vertiginoso pelo tanto que se tem pra descobrir e aprender... vejo o oposto... o universo me é vertiginoso pois é negro, sem ar, sem som, sem informação nova... vasto... como estar no universo pode ser absolutamente esmagador. o referencial apenas de si mesmo e das estrelas, tão maiores, mais quentes e mais luminosas...
Ele só ficou ali, olhando. Nietzsche estava errado. era só ele. o abismo não aparecera para lhe fazer companhia.
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