I
'"Alguém recentemente postou por essas bandas facebookianas a definição de humildade, achei interessantíssimo e vou postar eu mesmo
humildade
hu.mil.da.de
sf (lat humilitate)
1 Virtude com que manifestamos o sentimento de nossa fraqueza.
2 Modéstia.
3 Pobreza.
4 Demonstração de respeito, de submissão.
5 Inferioridade.
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=humildade
Eu sei, como se ninguém soubesse o que é humildade... ainda mais alguém tendo postado isso por aqui recentemente.
Enfim... Complemento aqui com isso
fragilidade
fra.gi.li.da.de
sf (lat fragilitate)
1 Qualidade de frágil.
2 Fraqueza.
3 Delicadeza.
Cair é humilde, uma vez que demonstra a fragilidade, a fraqueza. Cair é ser rebaixado e, ao mesmo tempo, existe uma sociedade que glorifica tal atitude... Diabolicamente contraditório... Ser humilde é bom, mas também é digno de pena. O contrassenso das virtudes..."
II
Há na cadência certa doçura que nos incita à ajuda...
Esteja esta doçura na humildade (e fragilidade, por conseguinte) própria do ato de cair
Esteja ela em nós, no medo que transpassa o corpo ao refletir sua própria imagem caindo (hã?) => temos medo de cair (ah!)
De qualquer forma, é doce o amargor da cadência, assim como é amarga a fragilidade da doçura...
Que seja doce, então, mas que não (não?) caia.
Que caia então, mas que seja amargo.
As impregnações dos contrastantes evitam o próprio contraste! É como se sombra e objeto coexistissem no mesmo corpo, como se luz encontrasse a escuridão numa simbiose suicida, mas que não poderia ser (enquanto existir no mundo) de forma diferente...
É uma paixão apática, um furor indolente, uma fantasia pé-no-chão...
E assim se vive (...)
III
A grande antítese do maniqueísmo é a monotonia! Quando os contrastantes se encontram num processo de anulação; ácido e base viram água e tudo e nada viram...
?
Seu remédio: a Vida!
A vida em suas infinitas nuances (que poder traz!), infinitas possibilidades, infinitas cores e tons e melodias e...
Ela dá contraste ao entendimento, não por meio de contrastantes, mas da infinitude de sentidos que podem tomar seus personagens. Não se opõem (de forma a formar vários, numa existência fragmentada e em conflito), nem se complementam (formando um, numa existência monótona), mas coexistem, todos em uma realidade, em infinitas camadas de complexidade que variarão pelo personagem e pela significação dada a ele e por ele.
A vida é um quadro dinâmico e em expansão, de infinitos traços, cores e observadores, estes que também fazem parte do próprio quadro.
A vida é um infinito em si mesmo, é a ação contemplativa da própria existência enquanto realidade. Na medida em que se age, se contempla e vice-versa, assim como na medida em que se existe, se vive (e a recíproca é verdadeira).
E assim se vive(ndo)...
OBS para moi: A Natureza é a vida enquanto material tangível e não tangível, a vida tomando corpo e a consciência é a vida tomando mente enquanto parte da própria vida. (a desenvolver futuramente...)
que belo texto/reflexão/reflexo são que você teve em seu blog
ResponderExcluire que eu perdi de ler à tempo
a tempo, sem crase
ou com? argh
o que mais me chocou foi:
1. Virtude com que manifestamos o sentimento de nossa fraqueza.
e
5. Inferioridade.
porque muito se distorceu/especulou/iluminou e muito se crê/concluiu/idealizou que o humilde é superior ao orgulhoso/superior/pretensioso/ser humano. E isso é tão dicotômico (com chapeuzinho do vovô ou sem o chapeuzinho do vovô?) e rasgante, e tão mesclante nas cabeças que me deu um nó. E todo esse culto à humildade, e todo essa compaixão pintada por Nietzsche me faz pensar se estamos errados ou certos e sobre o que é o errado e o que é certo e se certas coisas, erradas ou certas, saem ou não do papel ou só existem, coexistem, reciprocam-se, nele, mortas, como todo o resto que a gente fecha os olhos e tateia no teclado e quando abrimo-los, os olhos/as mentes/os bolsos, não vemos nada ao redor, senão palavras no seu preto e branco vazio. Enlouqueci. Ou estou reflex-são.