quinta-feira, 25 de abril de 2013

Clarice

Por meio de vossos muito bem apresentáveis atributos, pude conceber um universo inteiramente inédito. A saber, o da vida não me apresentada antes de vossa vinda. Se tenso foi, igualmente prazeroso e se infame, discreto, mas nunca não foi doce, nem por um momento. Se por vezes doía, talvez em algum ponto na consciência, era no mundo dos olhos arregalados mas cerrados, sempre virados e vidrados, onde estava. E lá não há consciência, inconsciência, sub-ou-super-qualquer-coisa-mais, é só o que há e é e sendo. Molhado, despeço-me do puro estado de anestesia da alma, da leveza dos movimentos duros e sou jogado às dores no calcanhar, ao ranger dos joelhos e às golfadas sem ar... Distante, me perco; Por perto, me frustro. Quero ir para longe mais uma vez.

Para você, mais experiente em tantos os meios e sentidos, se tornou recorrente perder-se. Pois leve-me novamente, quero perder-me contigo para sempre, até que nossos corpos se apodreçam da fome e da sede insensíveis aos que vivem de amor.

Para minha eterna musa,
Obrigado

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